Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

G1 - Mundo

Após conversa entre Trump e Putin, Kremlin diz que relações entre EUA e Rússia serão normalizadas 'aos poucos'

.

Imagem de destaque da notícia
Presidentes dos Estados Unidos e da Rússia conversaram por cerca de duas horas no telefone na terça-feira (18). Kremlin chamou ligação de 'momento histórico' e disse os dois líderes 'se entender e confiam um no outro'. Guerra na Ucrânia: expectativas pela paz são cautelosas na Europa

Após chamar a ligação entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, de "momento histórico", o Kremlin afirmou nesta quarta-feira (19) que os dois países irão normalizar as relações.

Na terça-feira (18), Trump e Putin falaram ao telefone por cerca de duas horas, em uma conversa que o Kremlin chamou de "momento histórico".

Nesta quarta, o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, disse que as relações entre os dois países serão retomadas "aos poucos". Peskov afirmou ainda que "Trump e Putin se entedem e confiam um no outro".

"Os presidentes Vladimir Putin e Donald Trump se entendem bem e confiam um no outro e estão determinados a restaurar a relação entre EUA e Rússia, muito danificada, passo a passo", disse Peskov.

'Momento histórico'

Na terça, o Kremlin disse que a conversa entre Trump e Putin foi bem e falou em "momento histórico" e "épico".

"Sob a liderança do presidente Putin e do presidente Trump, o mundo se tornou um lugar muito mais seguro hoje! Histórico! Épico!", disse o enviado do governo russo de cooperação internacional, Kirill Dmitriev.

? Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp

Cerca de uma hora depois, tanto o Kremlin quanto a Casa Branca deram mais informações sobre o que foi debatido na conversa.

A Rússia concordou em interromper os ataques a estações de energia da Ucrânia durante 30 dias, mas o Kremlin disse que só aceitará um cessar-fogo total após a interrupção completa da ajuda militar e de Inteligência das potências ocidentais a Kiev.

Os líderes também concordaram com uma troca de prisioneiros russos e ucranianos. As duas partes vão liberar 175 prisioneiros de guerra cada, e a Rússia afirmou que vai entregar a Kiev 23 combatentes gravemente feridos.

Em um post na rede social X, às 11h54 do horário de Brasília, Dan Scavino, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, revelou que os dois começaram a ligação por volta das 11h no horário de Brasília e disse que a ligação estava "indo bem".

As discussões entre EUA e Rússia

A conversa entre Trump e Putin era esperada desde semana passada, quando o russo encontrou com o enviado especial do americano em Moscou e falou sobre as exigências que tinha para concordar com a proposta de cessar-fogo dos EUA para a guerra na Ucrânia.

Trump tenta garantir o apoio de Putin para um cessar-fogo de 30 dias, aceito pela Ucrânia. Enquanto isso, ambos os lados continuam os ataques aéreos, e a Rússia se aproxima de expulsar as forças ucranianas de Kursk, na Rússia.

O presidente americano afirmou que os soldados ucranianos estão "em grandes apuros". Trump sugeriu ainda que a suspensão de ajuda militar à Ucrânia e o bate-boca que ele teve com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, podem ter influenciado Kiev a aceitar a proposta.

"O que está acontecendo na Ucrânia não é bom, mas vamos ver se conseguimos trabalhar em um acordo de paz, um cessar-fogo e a paz, e acho que seremos capazes de fazer isso", disse Trump na segunda-feira (17).

Um dia antes, ao ser questionado sobre possíveis concessões nas negociações, Trump mencionou a divisão de terras da Ucrânia e o controle de usinas, sem dar mais detalhes.

"Vamos falar sobre terra. Vamos falar sobre usinas ... Já estamos falando sobre isso, dividindo certos ativos", disse o presidente americano.

A Casa Branca confirmou que no radar das negociações está a usina de Zaporizhzhia, que é a maior usina nuclear da Europa .

Enquanto isso, Zelensky acusa Putin de prolongar a guerra. Segundo ele, a proposta de cessar-fogo já poderia ter sido implementada há uma semana, e "cada dia em tempo de guerra significa vidas humanas".

LEIA TAMBÉM

Rússia exige anexar um quinto do território da Ucrânia para aceitar cessar-fogo; veja exigências

Israel lança série de ataques contra alvos terroristas na Faixa de Gaza

França falaria alemão se não fosse pelos EUA, diz porta-voz da Casa Branca

Garantias à 'prova de ferro'

Trump e Putin

Reuters

Zelensky acredita que há uma chance de acabar com a guerra, mas reafirma que a soberania e os territórios da Ucrânia são inegociáveis. A Rússia, por sua vez, exige garantias de segurança, incluindo a Ucrânia fora da Otan, além de controle sobre as áreas ocupadas.

A Rússia também quer que as sanções ocidentais sejam amenizadas e que uma eleição presidencial seja realizada na Ucrânia.

"Vamos exigir que garantias de segurança à prova de ferro façam parte deste acordo", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, à mídia russa.

Putin afirma que suas ações na Ucrânia visam proteger a segurança nacional da Rússia contra o que ele considera um Ocidente agressivo e hostil, em particular a expansão da Otan para o leste.

Já a Ucrânia e seus parceiros ocidentais afirmam que a Rússia está travando uma guerra de agressão não provocada e uma anexação imperialista de terras.

A chefe de política externa da União Europeia, Kaja Kallas, disse na segunda-feira que as condições exigidas pela Rússia para aceitar um cessar-fogo mostram que Moscou realmente não quer a paz.

Enquanto isso, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que "um número significativo" de nações europeias estava disposto a enviar tropas de paz para a Ucrânia no caso de um acordo de paz. Os chefes de defesa se reunirão esta semana para firmar os planos.

A Rússia descartou a presença de pacificadores até que a guerra termine.

VÍDEOS: mais assistidos do g1

Fonte: G1 - Mundo

Comentários

Queremos saber

Como você avalia o governo Romeu Zema?


Leia estas Notícias

DO POVO

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis