
A partir desta segunda-feira, Ribeirão das Neves dá um passo importante rumo à autonomia na manutenção de sua malha viária: entra em operação a usina de asfalto municipal, uma conquista da atual gestão que promete acelerar serviços de tapa-buracos, recapeamento e, principalmente, a pavimentação de ruas que ainda não têm asfalto.
Atualmente, estima-se que Ribeirão das Neves tenha cerca de 350 quilômetros de ruas sem pavimentação, realidade que afeta diretamente milhares de moradores, especialmente nas regiões periféricas. Segundo especialistas em infraestrutura, o custo médio para asfaltar um quilômetro de via urbana gira em torno de R$ 500 mil a R$ 1 milhão, dependendo do tipo de solo, topografia, drenagem e qualidade do asfalto aplicado. Considerando o valor mínimo de R$ 500 mil, o investimento necessário para pavimentar os 350 km restantes seria da ordem de R$ 175 milhões.
Com a nova usina, esse valor pode ser significativamente reduzido. Produzindo seu próprio asfalto, o município deixa de depender de fornecedores privados e elimina custos com transporte e intermediários. Estima-se que a produção local possa reduzir em até 40% o custo final da pavimentação, o que representa uma economia potencial de R$ 70 milhões recursos que poderiam ser reinvestidos em mais infraestrutura, educação ou saúde.
Como funciona uma usina de asfalto?
A usina de asfalto de Ribeirão das Neves é do tipo contínua, com capacidade para produzir dezenas de toneladas de massa asfáltica por hora. O processo começa com a mistura de agregados como brita, areia e pó de pedra, que são aquecidos e misturados a ligantes betuminosos (derivados do petróleo) para formar o CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente), material mais comum na pavimentação urbana.
Depois de produzido, o asfalto é transportado ainda quente até os locais de aplicação, onde equipes da Secretaria de Obras fazem a compactação e nivelamento. Com isso, o tempo entre produção e aplicação é minimizado, garantindo mais qualidade e durabilidade ao pavimento.
Impacto direto para a população
Além da economia gerada, o principal ganho é para a população. Com mais agilidade nas ações de infraestrutura, a prefeitura poderá responder com mais rapidez às demandas por melhorias nas vias, reduzir os buracos e aumentar a segurança de motoristas e pedestres. A expectativa é que, com a usina em funcionamento, o município consiga avançar nos projetos de pavimentação de bairros que aguardam há décadas por asfalto.
Fonte: TV DO POVO