
Um estudo recente, o Life in Media Survey, revelou que a maioria das crianças entre 11 e 13 anos consome notícias, mesmo que de forma passiva, enquanto navega em plataformas como YouTube, TikTok e Instagram. A pesquisa aponta que apenas uma pequena parcela busca ativamente por informações, e muitas vezes, as crianças têm dificuldade em identificar se um conteúdo é uma notícia ou não.
A pesquisa aponta que apenas um terço das crianças consegue identificar com segurança se um conteúdo é uma notícia, demonstrando uma dificuldade em distinguir fatos de opiniões e entretenimento. Durante um teste, 42% das crianças acreditaram em uma manchete fabricada, evidenciando a necessidade de desenvolver um senso crítico desde cedo.
A educação midiática surge como um tema crucial, visando formar cidadãos capazes de questionar, buscar fontes confiáveis e compreender o impacto da informação no mundo. O estudo também destaca que crianças cujos pais discutem notícias em casa apresentam melhor compreensão do conteúdo.
O compartilhamento de notícias entre crianças, muitas vezes sem verificação da veracidade, é outro ponto de atenção. Meninos compartilham conteúdos sobre esportes ou fatos curiosos, enquanto meninas dividem temas sociais ou celebridades. Esse hábito, segundo o estudo, contribui para a propagação de desinformação.
A pesquisa também revela que apenas 12% das crianças gostam de acompanhar notícias, com mais de um terço relatando sentimentos de tristeza ou ansiedade em relação ao conteúdo. Essa reação é reflexo da forma como as notícias chegam até elas: carregadas, caóticas e, muitas vezes, sem contexto adequado.
Diante desse cenário, o estudo enfatiza a importância de preparar as crianças para interpretar, contextualizar e desenvolver senso crítico em relação às informações que consomem. O objetivo não é limitar o acesso, mas sim promover conversas e desbloquear repertório.
Não se trata de limitar acesso. Trata-se de abrir conversas. Não é sobre bloquear redes sociais. É sobre desbloquear repertório.", aponta o Life in Media Survey.
É imperativo que pais e educadores, em vez de seguirem a cartilha progressista de doutrinação, ensinem os jovens a separar o joio do trigo, a questionar narrativas impostas e a defender seus valores com convicção. Afinal, a mente de uma criança é como uma tela em branco, e nós, como adultos responsáveis, temos o dever de garantir que ela seja preenchida com sabedoria e discernimento, para que as futuras gerações não se tornem massa de manobra nas mãos de oportunistas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA